Sem audácia

Havia um medo e uma timidez. Todo um lado que você nunca viu. Outra criança adulterada pelos anos que a pintura escondia.

A menina que roubava livros

É, foi difícil. Considerando minhas manias incontroláveis de me esconder por entre meus medos, os quais, confesso são extremamente exagerados. Ainda tento, busco mudar, não é possível, tal coisa não pode ser sem um fim cabível, sempre há uma solução, para tudo e todos, porém nunca fui uma pessoa reconhecida por sua versatilidade, então tenho que considerar tal fato antes de qualquer conclusão.

Me acompanhava, seguia-me como um cão farejador à procura de algo. Certas vezes conseguia eu escapulir, mas poucas foram essas circunstâncias. Quando tentava lográ-la, sem maiores suspeitas e precedentes, surgia arfante.

Cores brotavam no meu rosto pálido, nunca fui muito apreciador das mais intensas, mas não era de meu controle escolher ou não ficar rubro em questão de segundos. Também, não era uma escolha de minha autoria resolver emudecer ou simplesmente começar a ga-gue-jar. Mãos suadas? Hábito diário, me acostumei com o tempo. Tinha que aceitar, ‘ela’ entrou na minha vida e não consigo mais expulsá-la. Perdi oportunidades, chances de ouro, por isso busco ajuda, eu necessito de auxílio, já não posso mais sozinho, ‘ela’ me controla.

- E assim, com essa carta escrita por um de vocês, o qual não será identificado, - grande suspiro de alívio entre os presentes – começaremos agora mais uma reunião do grupo S.O.S Timidez. Quem quer comentar sobre o que foi lido? Acalme-se Tom, não precisa se esconder...

 Quem é tímido sabe.